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Tudo sobre o quadril

ANATOMIA DO QUADRIL

O quadril é uma das maiores articulações do corpo. É composto principalmente pelo acetábulo (cavidade, parte da pelve) e pela cabeça do fêmur (esfera na extremidade superior do osso da coxa).
 
As superfícies ósseas dessas duas estruturas são cobertas de cartilagem articular, um tecido macio com várias funções como nutrição, propriocepção (capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo), flexibilidade, amortecimento e proteção das extremidades dos ossos, além de permitir o deslizamento das superfícies com facilidade. Uma membrana fina, chamada de membrana sinovial, reveste a articulação do quadril, com a função de produzir e armazenar o fluido que lubrifica a cartilagem, protege e elimina praticamente todo o atrito durante os movimentos do quadril. 

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Outra estrutura com muita importância e cada vez mais estudada é o labrum acetabular, uma fibrocartilagem que contorna o acetábulo e contribui para absorção de impacto, estabilidade da cabeça do fêmur, lubrificação, nocicepção (decodificação e processamento dos estímulos ambientais físicos e químicos ou patológicos que resultam na dor). Quando lesionado, indica os estágios iniciais de alterações biomecânicas e degenerativas.
 
Ao redor deste conjunto articular encontram-se os ligamentos (cápsula do quadril) que se interligam nas estruturas ósseas com a função de dar estabilidade à articulação.

PATOLOGIAS DO QUADRIL

Em adultos, a causa mais comum de dores crônicas e disfunção no quadril é a artrite. As mais comuns são:​

OSTEOARTRITE: tipo de artrite que causa desgaste e, quando primária, está relacionado ao envelhecimento. Normalmente a alteração na estrutura cartilaginosa e óssea ocorre em pessoas com 50 anos de idade ou mais, frequentemente em indivíduos com histórico de artrite na família, comorbidades ou que tiveram grande demanda articular. Evolui para esclerose e atrito entre os ossos, relatada pelo paciente como dor e rigidez articular no quadril. A osteoartrite deve ser diagnosticada o quanto antes e bem cuidada para evitar procedimentos cirúrgicos maiores.
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osteonecrose andre lage


ARTRITE REUMATOIDE: doença autoimune que causa inflamação e espessamento da membrana sinovial. Essa inflamação crônica lesiona a cartilagem com o tempo, causando dores, deformidades e incapacidade. A artrite reumatoide é o tipo mais comum de um grupo de doenças chamado de artrites inflamatórias.
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ARTRITE PÓS-TRAUMÁTICA: pode surgir na sequência de uma lesão direta ou indireta ou fratura grave do quadril. A lesão da cartilagem e das estruturas que estabilizam o quadril causam dores e aceleram o desgaste articular com o tempo.
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NECROVE AVASCULAR: patologia multifatorial ocasionada por medicações, intoxicações, traumas, comorbidades, alterações endócrinas, doenças autoimunes, atividade laboral, entre outros motivos capazes de interromper de forma mecânica ou química a perfusão sanguínea da cabeça do fêmur. A falta de sangue, oxigênio e nutrientes podem causar o colapso da superfície do osso, resultando em osteoartite.


FRATURAS POR FRAGILIDADE: “Caiu porque quebrou” ou “Quebrou porque caiu” são fraturas de baixa energia no quadril com maior incidência na região proximal do fêmur (colo do fêmur, região transtrocanteriana ou subtrocantérica). Diversos tratamentos cirúrgicos podem ser indicados de acordo com o grau e tipo da fratura. O
acompanhamento pós-cirúrgico preventivo é de alta importância para reabilitação e proteção contra novos acidentes.

IMPACTO FEMORO-ACETABULAR: condição eminentemente mecânica, devido ao contato repetido entre a borda acetabular e a transição cefalo-cervical, decorrente de anormalidades anatômicas do desenvolvimento ou adquiridas. Normalmente acomete pacientes mais jovens em virtude de alterações da cinemática e cinética articular com efeitos danosos à cartilagem, ao labrum acetabular e na estrutura óssea. Em estágios mais avançados, torna-se uma causa de osteoartrite e quadros dolorosos de difícil tratamento.

DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL: anormalidade anatômica do quadril do recém-nascido, de natureza congênita ou ocorridas no desenvolvimento. Essa alteração morfológica deve ser tratada durante a infância o mais precoce possível, evitando osteoartrite, discrepância de membros, deformidades e instabilidade
em fases iniciais da vida.

PUBALGIA DO ATLETA: as lesões do quadril no atleta estão cada vez mais frequentes tanto pelo rápidos e fortes movimentos articulares como pelo melhor diagnóstico realizado. Esta síndrome ocorre por sobrecarga resultante de um desequilíbrio entre o adutor do quadril e o reto abdominal, responsáveis por aumentar o estresse na sínfise púbica e provoca dor crônica no quadril.

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Trabalho pela recuperação da amplitude articular para o retorno do paciente a suas atividades cotidianas

Há muita vida pela frente

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